O luto é um processo psíquico que se estabelece a partir de uma perda.

Desde o início da vida, somos confrontados com experiências de perdas, reais ou simbólicas, as quais suscitam processos de luto diversos. 

Os processos de luto decorrentes da morte de alguém significativo impõem ao sujeito uma das experiências mais desafiadoras da vida. 

Ao perder uma pessoa significativa, é comum sentir como se uma parte de si mesmo tivesse ido embora.

Esse sentimento tem a ver com o processo de construção dos vínculos. Viver uma relação com alguém envolve depositar nessa pessoa uma parte de si mesmo e receber partes dela para se constituir.

Com a morte, a marca do vazio deixado por quem parte é inevitável. Por outro lado, lançar-se nesse vazio não é a única forma de lidar com ele.

Respeitando-se seu próprio tempo, é possível reconstruir os caminhos e a si mesmo, criar novos laços, retomar e descobrir interesses, sem a pretensão de apagar as marcas inevitáveis da vida e da morte.